Todo mundo diz que o fim das novelas está chegando. Talvez esses numerosos, opinantes tenham razão. Hoje em tempos de globalização, e do assassinato da cultura local, só se fala em séries, músicas de terrível qualidade, que emplacam de uma só vez no mundo todo. Esquecem-se de que é a nossa música, a Bossa Nova e a MPB, é que são admiradas mundo afora.
As novelas podem acabar, mas elas são o melhor retrato do povo brasileiro, pelo menos de uma geração dele. A geração de pessoas que sonhavam que acreditavam que o dia de amanhã seria melhor, quando tudo conspirava contra essa ideia. Bom, esse dia chegou. Cá estamos nós, filhos dessa “pátria amada idolatrada”, em pleno crescimento. Somos hoje aquilo, que os brasileiros que viam as primeiras novelas, ainda na Tupi, sonhavam.
Todo brasileiro, tem aquela novela que não se esquece. Particularmente a novela da minha vida, é, e sempre será “Senhora do Destino”, roteirizada pelo genial Aguinaldo Silva. Sou do tipo que sonhou, em como seria viver nas estradas desse Brasil, com “Carga Pesada”, seja quando Pedro (Antônio Fagundes) , e Bino (Stenio Garcia), enfrentaram uma mula sem cabeça, lidaram com uma figura que morria, e acordava no meio do velório.
Talvez tudo isso, tenham contribuído com a ligação, que criei com esses últimos capítulos de “Fina Estampa”, recheados de referências e citações a grandes obras da teledramaturgia brasileira, produzidas na última década.
Foi maravilhoso ver Renata Sorrah, falando sobre Nazaré Tedesco. Um dos ápices de sua carreira, vilã que agora, o tempo dirá se ganha uma equivalente a altura, dessa vez vivida por Christiane Torloni. Que no papel de Thereza Christina, pelo próprio personagem em sí, já constitui, uma homenagem a essa vilã tão marcante, que em plena ditadura militar rouba a bebê Lindalva da nordestina recém chegada ao rio, Maria do Carmo, vivida por Suzana Vieira.
As pessoas gostam do que é óbvio, mas é provável que a ideia de um autor, por mais genial que este seja nunca corresponda ao que milhares de brasileiros imaginaram para um personagem, é o caso do Amante de Crô (Marcelo Serrado ,vive Crô). Foi brilhante, a forma como Aguinaldo Silva, deixou claro, que o amante não era quem todos imaginavam, e mesmo assim, não deixou nenhuma pista, de quem o era.
Onde Pereirinha (José Mayer), teria estado, quando todos acreditavam em sua morte? Um dos momentos mais, interessantes deste último capitulo, já que Aguinaldo responde sem responder, e dá margem a imaginação do espectador, com cenas que remontam na mitologia de Atlântida ( indiretamente).
“O futuro é dos jovens”, é com essa afirmação que Aguinaldo, e Lilia Cabral emocionam o espectador numa das cenas mais marcantes deste último capitulo , e que certamente será parada obrigatória, na análise da teledramaturgia brasileira, daqui a alguns anos.
E o que dizer da emblemática cena final, quando Tereza Christina, e o Pereirão se reencontram? Ficaria feliz, em ver o resultado desse encontro daqui a alguns, assim como Aguinaldo fez com o retorno de Irís (Eva Wilma) a Greenville.
Faltou algo? Como fã de “Senhora do destino”, posso dizer que sim: Um encontro entre Maria do Carmo (Suzana Vieira) e Pereirão (Lilia Cabral). Ambas as personagens que se assemelham tanto em suas essências. Uma com origens no sertão do Brasil, e outra vinda da distante terra de nossos colonos. com
Falhas: Toda produção cultural tem, mas nada melhor que um bom roteiro, para fazer que o espectador perdoe essas falhas, estando já tão envolvido com os personagens, fruto do dom divino, e supremo da criação, que só um artista pode ter.
Daniel Rodrigues (@DanielR_DDRP)
As novelas podem acabar, mas elas são o melhor retrato do povo brasileiro, pelo menos de uma geração dele. A geração de pessoas que sonhavam que acreditavam que o dia de amanhã seria melhor, quando tudo conspirava contra essa ideia. Bom, esse dia chegou. Cá estamos nós, filhos dessa “pátria amada idolatrada”, em pleno crescimento. Somos hoje aquilo, que os brasileiros que viam as primeiras novelas, ainda na Tupi, sonhavam.
Todo brasileiro, tem aquela novela que não se esquece. Particularmente a novela da minha vida, é, e sempre será “Senhora do Destino”, roteirizada pelo genial Aguinaldo Silva. Sou do tipo que sonhou, em como seria viver nas estradas desse Brasil, com “Carga Pesada”, seja quando Pedro (Antônio Fagundes) , e Bino (Stenio Garcia), enfrentaram uma mula sem cabeça, lidaram com uma figura que morria, e acordava no meio do velório.
Talvez tudo isso, tenham contribuído com a ligação, que criei com esses últimos capítulos de “Fina Estampa”, recheados de referências e citações a grandes obras da teledramaturgia brasileira, produzidas na última década.
Foi maravilhoso ver Renata Sorrah, falando sobre Nazaré Tedesco. Um dos ápices de sua carreira, vilã que agora, o tempo dirá se ganha uma equivalente a altura, dessa vez vivida por Christiane Torloni. Que no papel de Thereza Christina, pelo próprio personagem em sí, já constitui, uma homenagem a essa vilã tão marcante, que em plena ditadura militar rouba a bebê Lindalva da nordestina recém chegada ao rio, Maria do Carmo, vivida por Suzana Vieira.
As pessoas gostam do que é óbvio, mas é provável que a ideia de um autor, por mais genial que este seja nunca corresponda ao que milhares de brasileiros imaginaram para um personagem, é o caso do Amante de Crô (Marcelo Serrado ,vive Crô). Foi brilhante, a forma como Aguinaldo Silva, deixou claro, que o amante não era quem todos imaginavam, e mesmo assim, não deixou nenhuma pista, de quem o era.
Onde Pereirinha (José Mayer), teria estado, quando todos acreditavam em sua morte? Um dos momentos mais, interessantes deste último capitulo, já que Aguinaldo responde sem responder, e dá margem a imaginação do espectador, com cenas que remontam na mitologia de Atlântida ( indiretamente).
“O futuro é dos jovens”, é com essa afirmação que Aguinaldo, e Lilia Cabral emocionam o espectador numa das cenas mais marcantes deste último capitulo , e que certamente será parada obrigatória, na análise da teledramaturgia brasileira, daqui a alguns anos.
E o que dizer da emblemática cena final, quando Tereza Christina, e o Pereirão se reencontram? Ficaria feliz, em ver o resultado desse encontro daqui a alguns, assim como Aguinaldo fez com o retorno de Irís (Eva Wilma) a Greenville.
Faltou algo? Como fã de “Senhora do destino”, posso dizer que sim: Um encontro entre Maria do Carmo (Suzana Vieira) e Pereirão (Lilia Cabral). Ambas as personagens que se assemelham tanto em suas essências. Uma com origens no sertão do Brasil, e outra vinda da distante terra de nossos colonos. com
Falhas: Toda produção cultural tem, mas nada melhor que um bom roteiro, para fazer que o espectador perdoe essas falhas, estando já tão envolvido com os personagens, fruto do dom divino, e supremo da criação, que só um artista pode ter.
Daniel Rodrigues (@DanielR_DDRP)
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