Em meio a uma péssima trilha sonora, e uma caracterização dos personagens que parece mostrar os sofrimentos dos “pobres” moradores da zona sul , Flordelis, só consegue convencer pelo roteiro , que narra a história de Flordelis , uma jovem moradora do Jacarezinho na Zona Norte Carioca, que todas as sextas-feiras a meia noite saia pelas ruas das comunidades para salvar as vítimas do tráfico, num trabalho que batizará de “Evangelismo da madrugada”. Mas numa dessas noites, foi até a Central do Brasil — no centro do Rio— , onde encontrou uma jovem que lhe contou que havia acabado de jogar sua filha recém-nascida no lixo, Flordelis salvou, e adotou a criança. Pouco tempo depois, uma chacina aconteceu, e outras crianças foram até Flordelis procurando um abrigo , e teve inicio a história de uma mãe que chegou a morar com 41 “filhos”, numa pequena casa, sem estrutura. Que mais tarde seria perseguida pela policia, sendo acusada de sequestrar crianças, por não ter a documentação necessária para oficializar as adoções.
As grande falhas do filme, ficam mesmo por conta da trilha sonora, recheada de clichês — quando se fala em favela — e inúmeras músicas gospels, que cansam os ouvidos dos espectadores, já que nada tem a ver com as cenas em que são inseridas. Além da caracterização dos atores que interpretam os filhos de Flordelis, os atores aparecem bem arrumados, com roupas de marca, que focam em valorizar o físico, e não o contexto da atuação como na cena em que um bandido, interpretado brilhantemente por Reynaldo Gianecchini, conta como Flordelis, lhe ajudou a sair do tráfico, e se tornar advogado.
De forma generalizada, todas as atuações nos depoimento são magnificas, e um detalhe interessante sobre o longa, que tem a própria flordelis como atriz e narradora de sua própria história, é que todos os atores que compõem o mega-elenco ,recheado de estrelas, foram voluntários — não cobraram cachê —na produção do longa, que tinha como principal objetivo arrecadar fundos para compra de uma casa para Flordelis e seus filhos, que até então moravam numa casa alugada de nove quartos em Niterói, e também para o trabalho do Instituto Flordelis de Apoio ao Menor (IFAM). Dentro dessa generosa, e digna proposta, o filme, supera toda as expectativas, e é excelente, mas é um circuito comercial, é fraco, com uma caracterização péssima, uma trilha sonora questionável, e ângulos de câmera ainda mais duvidosos, tendo como únicos pontos fortes, a história de vida de Flordelis, e atuação do time atores, que apoiaram a causa
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