Wednesday, October 27, 2010

Não é só quem coloca a "Caroça no ar" que faz um jornal,diz Fábio Ramalho




Fábio Ramalho
Nascido em 5 de março de 1975,na capital brasileira,Brasília,Fábio Ramalho iniciou sua carreira trabalhando na assessoria de impressa da administração de Brasília,onde fez estágio,enquanto ainda estudava na UNB (Universidade de Brasília),mas num golpe arriscado,decidiu abandonar seu emprego na acessória,e começou a trabalhar na TV Nacional,onde ganhava menos,mas deu certo,desde que passou pela Tv Nacional, Fábio já passou pela Rede Manchete,hoje trabalha na Rede Record.Fábio sempre soube que trabalharia com comunicação,já na escola,não tinha problemas em ser representante de classe,ou mesmo falar em público e segundo o próprio era o “piadista da turma”,ainda segundo Fábio,este nunca se deu bem com matérias como a matemática,e em tom de brincadeira disse até hoje não entender como conseguiu passar no colegial.

 No dia 25 de outubro de 2010,o Centro Cultural Jerusalém,promoveu uma palestra com Fábio Ramalho,conceituado jornalista da Rede Record,muito conhecido no Rio de Janeiro — uma incrível ironia já que Fábio é brasiliense,mas disse já se considerar carioca,e durante a palestra brincou com inúmeras gírias cariocas, como quando falou que não é só quem coloca a “caroça no ar” (cara no ar) que faz um jornal).
 Durante a palestra Fábio explicou como funciona a escolha das pautas,falou sobre segmentação social no jornalismo,como chegou ao lugar onde está hoje,e deu dicas ao jovens estudantes de jornalismo que estavam presentes na platéia.
 Fábio disse que hoje já se tornou realidade,o sonho que tinha anos atrás quando entrou na Rede Record,entrar no ar,e atingir níveis consideráveis (de IBOPE) frente a maior emissora do Brasil,uma tarefa extremamente difícil,principalmente se consideramos,que Fábio quando entra no ar,com com o RJ Record às 19 horas,entra numa acirrada disputa com o horário de novelas da Rede Globo.E é justamente esse o objetivo de Fábio,juntamente com a  Rede Record,“mostrar que existe vida inteligente fora da Rede Globo”,disse Fábio Ramalho (numa referência ao “Altas Horas").
 Fábio falou ainda sobre a cobertura da tragédia no morro do bumba em Niterói,quando a Rede Record,alugou uma casa nos entornos do local da tragédia e de lá passou a apresentar ao vivo o RJ Record,segundo Fábio a idéia foi levar as equipes para perto da população,e conseguir respostas imediatas do Estado,deu certo,já que quando se acabava de falar algo,quase que de imediato,chegava uma resposta das autoridades competentes.Fábio ainda explicou porque escolheu um cachorro como símbolo das vitimas que ainda poderiam estar vivas abaixo dos escombros da queda do morro do Bumba.Este contou ainda,que o dono do cão foi relutante em permitir,o encontro de si,com o cão que havia sobrevivido em meio aos escombros do morro,mas ainda assim acabou permitindo.Ramalho disse que não se deveria ver o cão como um simples cachorro,mas sim como um símbolo,que representava todas as  pessoas,que ainda poderiam estar vivas sobre os escombros.Horas depois (segundo Fábio),foram de fato,encontrados sobreviventes.
 Perguntado sobre a segmentação social na tevê, Fabio disse que,sim está existe,citou como exemplo seu jornal,que faz grande sucesso,entre as classes “C”, “D” e “E” porém ao mesmo tempo não faz muito sucesso na classes “A” e “B”,Fábio disse que preferiria cobrir um “calçada esburacada na Vila da Penha” (classe baixa) à cobrir “problema de calçada furada em Ipanema” (classe alta),porque é onde está o seu público alvo,as classes “C”, “D” e “E”,porém não abriria mão de cobrir a “calçada furada em Ipanema”,mas faria uma alusão à bairros mais pobres.
 Quando questionado sobre o sensacionalismo,Fábio defendeu a Rede Record,que é conhecida por seu “jornalismo mundo cão” (expressão comum,para definir jornalismo policial),dizendo que existe uma linha muito tênue entre o sensacionalismo,e a emoção,e muitas da vezes confunde-se os dois.
 Em resposta a Daniel Rodrigues (responsável pelo Cinema & CIA),sobre a diferença,entre os comentários de um crítico de cinema,e um jornalista policial,Fábio disse que a diferença,está principalmente no peso que o comentário terá na vida da população,já que qualquer pessoa pode fazer a crítica de um filme,e neste aspecto não existe uma unidade na opinião,mas no jornalismo policial essa unidade “existe”( com raras exceções),e a opinião do jornalista policial tem um grande peso.Para explicar o peso da opinião do jornalista policial,Fábio Ramalho,citou o caso de um garoto,que foi morto por um tiro que se acreditava ter sido dado por um policial que havia entrado numa comunidade,atrás de um veiculo,com rastreador,que havia sido roubado;quando expressou sua opinião Fábio,ao invés de criticar a policia,apenas afirmou que policiais não podem entrar numa comunidade disparando tiros,e concentrou suas críticas ao marginais,que levando um carro com rastreador para a comunidade,sabiam que a policia iria atrás.Posteriormente,Fábio afirmou que quando entrou em contato,com pessoas da comunidade,soube três pessoas havia sido expulsas da comunidade,devido à seus comentários.
  Partido desse exemplo Fábio,disse que falta à sociedade questionar a raiz do problema,e não os frutos do problema.E disse não acreditar que a culpa pelo tráfico de drogas,seja do usuário,que mantém o tráfico,mas sim que a culpa,é das autoridades competentes que não conseguem reprimir o crime,e acabam culpando aquele que deveria ser a vitima.

1 comment:

  1. óla sou muito fa do fábio ramalho ,
    apresentador do rj record , adoro o blog dele e de tudo que ele escreve ,pois é inteligente ,carismático ,
    bonitao .
    aproveitando , o blog cinema e cia é 10 . excelente trabalho .

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