Comentários
sobre o Prefácio da primeira edição.
- ·
Lançado
em 1867 - ·
Estudos
que duram 15 anos na vida de Marx - ·
Primeira
edição é a única lançada em vida - ·
O
texto sofre modificações ao longo das edições - ·
A
edição é um compêndio das 4 primeiras edições - ·
No
prefácio Marx faz esclarecimentos sobre o conteúdo do livro - ·
O
capitulo 1 é vital para o entendimento da completude do texto - ·
Existem
poucos esclarecimentos sobre o método aplicado no Capital, e o Prefácio
contribui na compreensão desse método. - ·
No
Prefácio estabelece que vai começar uma nova concepção cientifica. Marx não vai
continuar a Economia Política, mas sim propor um recomeço. - ·
Ele
quer construir uma plataforma de interpretação do mundo que nos permita
reinterpretar criticamente não só a ciência econômica, mas todo o capitalismo.
Uma nova forma de pensar a ciência. - Todo começo é difícil, e isso vale para toda ciência.
Por isso, a compreensão do primeiro capítulo, em especial da parte que contém a
análise da mercadoria, apresentará a dificuldade maior(os 4 primeiros capítulos).
- ·
A
preocupação de Marx com Valor e a forma do valor se dá na medida, em que Valor
é a categoria central na obra. - ·
O
titulo da obra reflete isso na perspectiva em que Capital é Valor que se movimenta em busca de
expansão. - ·
Logo
o capital é um valor no processo auto expansivo. - ·
Sendo
o valor central para obra, é necessário que Marx desenvolva a discussão do
Valor. - ·
Porém
Valor é uma “Categoria misteriosa”. - ·
No
prefácio vai caminhar na direção que dificuldade em definir Valor reside no
metodologia. - ·
O
estudo do valor exige uma decomposição. - ·
O
valor é uma propriedade dos objetos, uma determinação da existência social. - ·
O
valor é uma célula. Uma célula da sociedade moderna.
A forma de valor, cuja figura acabada é a
forma-dinheiro, é muito simples e desprovida de conteúdo. Não obstante, o
espírito humano tem procurado elucidá-la em vão há mais de 2 mil anos, ao mesmo
tempo que obteve êxito, ainda que aproximado, na análise de formas muito mais
complexas e plenas de conteúdo. Por quê? Porque é mais
fácil estudar o corpo desenvolvido do que a célula que o compõe. Além
disso, na análise das formas econômicas não podemos nos servir de microscópio
nem de reagentes químicos.
- ·
O
que se propõe é o estudo de uma das células dessa sociedade, e isso exige um
processo metodológico no sentido de isolar a célula. - ·
Dinheiro:
Não existe isolado na sociedade, e essa forma representa uma serie de fatores
culturais e sociais. Estudar o dinheiro exige o estudo dele em uma sociedade
que tem o dinheiro como elemento indispensável em sua reprodução. - ·
A
sociedade é o corpo e o valor é uma das células. - ·
Estudar
o dinheiro é estudar as circunstâncias que o colocaram no centro da sociedade
capitalista. - ·
Retomando
a analogia da célula, na sociedade não é possível isolar a célula dinheiro para
a análise de seu comportamento. - ·
Impossibilidade
de experimentação social, superada através de abstrações mentais. - ·
Marx
reconhece seu objeto como um objeto social. - ·
Processo
natural em Marx se refere a um processo social dotado de uma lei causal.
Uma nação deve e pode aprender com as outras. Ainda
que uma sociedade tenha descoberto a lei natural de seu desenvolvimento – e a finalidade última desta obra é desvelar a lei econômica
do movimento da sociedade moderna –, ela não pode saltar suas fases
naturais de desenvolvimento, nem suprimi-las por decreto. Mas pode, sim,
abreviar e mitigar as dores do parto.
- ·
Um
estudo sobre o capitalismo. - ·
Ao
longo do texto se tratam de várias leis, mas a principal a qual Marx se refere
nessa passagem é a lei do valor. - ·
O
Procedimento abstrativo é concentrar-se em um aspecto especifico da realidade
assumindo todo o resto ceteris paribus. - ·
A
abstração inicial do elemento isolado, não existe isoladamente, mas no momento
seguinte o elemento anteriormente isolado é contextualizado num contexto maior. - ·
O
exemplo é a analise da circulação das mercadorias que começa isolada, e vai
sendo contextualizada ao longo do capital. - ·
O
caminho vai sendo percorrido da abstração isolada ao concreto com a abstração
contextualizada - ·
A
realidade é portadora de múltiplas determinações que se alteram, logo a
necessidade de isolar elementos em abstrações. - ·
Troca:
é a resolução pacifica do contato entre comunidades distintas. - ·
A
teoria social é a reconstrução abstrata da história - ·
As
abstrações diferem da modelagem econômica na medida em que não se pretende traduzir
a realidade complexa em modelos simples. Como os modelos macroeconômicos. - ·
O
primeiro elemento a ser
isolado no capital é a mercadoria, mais especificamente a forma de valor contida na mercadoria. - ·
A
palavra “clássico” em Marx aparece com o sentido daquilo que é capaz de se
distanciar da forma mais pura da forma antecedente. (Min 50 a 1h) É a forma que
se livrou das marcas do passado (Inglaterra agrária VS Inglaterra Capitalista) - ·
O
capital não é um livro sobre o capitalismo Inglês, é um livro sobre
capitalismo. O capitalismo inglês é a ilustração.
De modo algum retrato com cores róseas as figuras do
capitalista e do proprietário fundiário. Mas aqui só se trata de pessoas na
medida em que elas constituem a personificação de categorias econômicas, as
portadoras de determinadas relações e interesses de classes. Meu ponto de
vista, que apreende o desenvolvimento da formação econômica da sociedade como
um processo histórico-natural, pode menos do que qualquer outro responsabilizar
o indivíduo por relações das quais ele continua a ser socialmente uma criatura,
por mais que, subjetivamente, ele possa se colocar acima delas.
- ·
Para
Marx a sociedade é uma soma de relações sociais. A sociedade antecede o indivíduo. - ·
O
que importa são as relações entre as posições sociais e não entre os
indivíduos.