Friday, September 29, 2017

Australia,exportação de serviços e formação de complexidade


Vídeo que vou citar






Texto original

Alguns economistas liberais brasileiros tem divulgado na grande imprensa a tese de que a estrutura produtiva do país não importa para o desenvolvimento econômico, ou seja, segundo esses economistas o que um país produz (bananas ou reatores nucleares) não guarda nenhuma relação com o seu nível de renda per-capita, a proxi mais aceita para o nível de desenvolvimento econômico de um determinado país. Curiosamente os economistas liberais não apresentam evidências empíricas robustas para suportar sua tese, mas valem-se apenas de contra-exemplos para suportar a mesma. Via de regra a Austrália (e em menor medida o Canadá) são citados como exemplos de países cuja estrutura produtiva é pouco diversificada ou complexa (na qual o peso da indústria de transformação no PIB é relativamente baixo e onde as exportações são constituídas fundamentalmente por commodities) mas que possuem....(LINK completo)






https://www.austrade.gov.au/news/economic-analysis/australias-export-performance-in-2015-16


Australia no OEC - MIT LAB








Sobre o texto: A visão da Austrália como exportadora de commodities é frágil, na perspectiva em  que há particularidades na pauta de exportações como é o caso da como da "exportação de educação", com a indústria do intercâmbio. Algo semelhante pode ser observado no Oriente Médio, onde há um direcionamento de economias como como  Qatar,Bahrein e Emirados Árabes rumo a exportação serviços financeiros,(ocupando o lugar da Suíça e de ilhas britânicas, cada vez mais restritivas), o Panamá também é um exemplo como se observa em eventos recentes (Panamá Papers).



Há questão é que há dificuldades de mensuração no conceito de exportação de serviços

que colocam em xeque a capacidade dos modelos quanto a conseguirem captar esse processo, mas em última instância,observa-se a formação de complexidade econômica já que a"exportação de serviços" captura o emprego com alta remuneração sem capturar o onus da produção que tende a apresentar salários mais baixos.



De modo geral o foco em complexidade é captar que o indivíduo não tem um "emprego" ele consegue manejar o conhecimento e transformar este em produto(o Hidalgo vai falar disso em alguns videos no youtube). Assim do mesmo modo que o advogado transforma seu conhecimento em produto, um engenheiro que goste de aquarismo e já entenda de química conseguirá gerar um produto, o mesmo processo é observado quando o advogado ou analista financeiro deixa o escritório de origem, para iniciar uma operação própria levando consigo os clientes do antigo escritório.



No caso chinês ,esse o perfil das empresas que surgem em Shenzhen, (aos moldes do que Blanchard propõe ao falar de geração de inovação[Seções 12-2 e 12-3 da sexta edição])o engenheiro começa produzindo o Iphone para apple depois familiarizado com o processo de produção(gerir empresa,entender o business), monta uma marca própria ou torna-se fornecedor terceirizado para a própria Apple (a exemplo da estrutura de produção do B787), e assim cada empresa individual vai se especializado em uma parte do processo. Nesse ciclo é fácil visualizar a formação de uma rede com muitas conexões.



A perspectiva que estou construindo vai seguir dentro dessa linha "Export services in postindustrial society"(LINK)



Bom dificuldade mensuração no caso australiano, é que pelo perfil turístico do país as exportações são consumidas internamente, como na caso da educação,e dos demais serviços consumidos por turistas em solo australiano.. Artigo do Treasury Australiano



Para casos como o do Middle East e do Panamá observa-se a característica de segredo no negócio.


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