Friday, September 29, 2017

A Selic e o Trade-OFF Investir X Empreender




A discussão em torno da TLP coloca em cheque os problemas macroeconômicos presentes nas
estruturas do Brasil, e no modo como esses problemas acabam se traduzindo em distorções que
somente serão expostas nos trade-offs cotidianos da sociedade.



O Brasil é uma sociedade de baixos salários, e isso gera tendências ao empreendedorismo contudo,
em vista dos baixos salários, muitos dos empreendimentos surgem com pouco ou nenhum capital
inicial. Na outra ponta, no caso dos agentes que conseguiram acumular capital há o trade-off quanto
a destinação desse capital, como o Brasil vive um jogo de instabilidade na base da pirâmide salarial,
e ao mesmo tempo um quadro de estabilidade excessiva nas camadas intermediárias – e de certo
modo também nas mais altas- da pirâmide salarial em função de distorções sistêmicas como a figura
da estabilidade em cargos públicos, todo esse quadro acaba conduzindo a busca por investimentos
com pouco risco e que contribuem pouco para o desenvolvimento do país.



Nesse contexto de rigidez, a presença de uma taxa de juros historicamente alta em função da
inflação, acaba oferecendo um quadro de garantias excessivas que geram desestimulo a tomada de
risco em investimentos com maior potencial de fomento ao empreendedorismo. Ou seja no tradeoff
empreender Vs investir, temos uma balança que pesa demais no sentido do investimento, um
investimento de baixo risco, e agrava o quadro de estabilidade excessiva presente nas camadas
intermediárias e altas da sociedade brasileira.



 Propostas como a TLP ao reduzirem o subsídio implícito no sistema de fomento público, geram um
processo de racionalização da dívida pública, que no longo prazo tende a melhorar a relação dívida
PIB, o que conduziria um menor risco na dívida brasileira. Nesse contexto, aliado a uma inflação
controlada e previsível, surge espaço para que a SELIC passe a operar em patamares mais baixos,
ganhado mais força de ação.



Na perspectiva em que uma SELIC em novo patamar, vai conduzir os agentes a um quadro em que
maior risco é compensado com a perspectiva de retornos superiores a Selic. Com mudanças nessa
estrutura de Trade-off investir VS empreender há espaço para que surjam na sociedade mudanças
comportamentais que alterem o coeficiente de peso da taxa de juros, impactando principalmente a
inclinação da LM, mas também na rubrica de investimento presente na IS. Há potencial para que
com mudanças na inclinação das curvas as políticas monetária e fiscal consigam gerar maior
impacto, com a Selic em um Patamar inferior ao atual.

Resumo IS-LM


Australia,exportação de serviços e formação de complexidade


Vídeo que vou citar






Texto original

Alguns economistas liberais brasileiros tem divulgado na grande imprensa a tese de que a estrutura produtiva do país não importa para o desenvolvimento econômico, ou seja, segundo esses economistas o que um país produz (bananas ou reatores nucleares) não guarda nenhuma relação com o seu nível de renda per-capita, a proxi mais aceita para o nível de desenvolvimento econômico de um determinado país. Curiosamente os economistas liberais não apresentam evidências empíricas robustas para suportar sua tese, mas valem-se apenas de contra-exemplos para suportar a mesma. Via de regra a Austrália (e em menor medida o Canadá) são citados como exemplos de países cuja estrutura produtiva é pouco diversificada ou complexa (na qual o peso da indústria de transformação no PIB é relativamente baixo e onde as exportações são constituídas fundamentalmente por commodities) mas que possuem....(LINK completo)






https://www.austrade.gov.au/news/economic-analysis/australias-export-performance-in-2015-16


Australia no OEC - MIT LAB








Sobre o texto: A visão da Austrália como exportadora de commodities é frágil, na perspectiva em  que há particularidades na pauta de exportações como é o caso da como da "exportação de educação", com a indústria do intercâmbio. Algo semelhante pode ser observado no Oriente Médio, onde há um direcionamento de economias como como  Qatar,Bahrein e Emirados Árabes rumo a exportação serviços financeiros,(ocupando o lugar da Suíça e de ilhas britânicas, cada vez mais restritivas), o Panamá também é um exemplo como se observa em eventos recentes (Panamá Papers).



Há questão é que há dificuldades de mensuração no conceito de exportação de serviços

que colocam em xeque a capacidade dos modelos quanto a conseguirem captar esse processo, mas em última instância,observa-se a formação de complexidade econômica já que a"exportação de serviços" captura o emprego com alta remuneração sem capturar o onus da produção que tende a apresentar salários mais baixos.



De modo geral o foco em complexidade é captar que o indivíduo não tem um "emprego" ele consegue manejar o conhecimento e transformar este em produto(o Hidalgo vai falar disso em alguns videos no youtube). Assim do mesmo modo que o advogado transforma seu conhecimento em produto, um engenheiro que goste de aquarismo e já entenda de química conseguirá gerar um produto, o mesmo processo é observado quando o advogado ou analista financeiro deixa o escritório de origem, para iniciar uma operação própria levando consigo os clientes do antigo escritório.



No caso chinês ,esse o perfil das empresas que surgem em Shenzhen, (aos moldes do que Blanchard propõe ao falar de geração de inovação[Seções 12-2 e 12-3 da sexta edição])o engenheiro começa produzindo o Iphone para apple depois familiarizado com o processo de produção(gerir empresa,entender o business), monta uma marca própria ou torna-se fornecedor terceirizado para a própria Apple (a exemplo da estrutura de produção do B787), e assim cada empresa individual vai se especializado em uma parte do processo. Nesse ciclo é fácil visualizar a formação de uma rede com muitas conexões.



A perspectiva que estou construindo vai seguir dentro dessa linha "Export services in postindustrial society"(LINK)



Bom dificuldade mensuração no caso australiano, é que pelo perfil turístico do país as exportações são consumidas internamente, como na caso da educação,e dos demais serviços consumidos por turistas em solo australiano.. Artigo do Treasury Australiano



Para casos como o do Middle East e do Panamá observa-se a característica de segredo no negócio.


Thursday, September 28, 2017

Australia,exportação de serviços, e formação de complexidade


Vídeo que vou citar






Texto original

Alguns economistas liberais brasileiros tem divulgado na grande imprensa a tese de que a estrutura produtiva do país não importa para o desenvolvimento econômico, ou seja, segundo esses economistas o que um país produz (bananas ou reatores nucleares) não guarda nenhuma relação com o seu nível de renda per-capita, a proxi mais aceita para o nível de desenvolvimento econômico de um determinado país. Curiosamente os economistas liberais não apresentam evidências empíricas robustas para suportar sua tese, mas valem-se apenas de contra-exemplos para suportar a mesma. Via de regra a Austrália (e em menor medida o Canadá) são citados como exemplos de países cuja estrutura produtiva é pouco diversificada ou complexa (na qual o peso da indústria de transformação no PIB é relativamente baixo e onde as exportações são constituídas fundamentalmente por commodities) mas que possuem....(LINK completo)






https://www.austrade.gov.au/news/economic-analysis/australias-export-performance-in-2015-16


Australia no OEC - MIT LAB








Sobre o texto: A visão da Austrália como exportadora de commodities é frágil, na perspectiva em  que há particularidades na pauta de exportações como é o caso da como da "exportação de educação", com a indústria do intercâmbio. Algo semelhante pode ser observado no Oriente Médio, onde há um direcionamento de economias como como  Qatar,Bahrein e Emirados Árabes rumo a exportação serviços financeiros,(ocupando o lugar da Suíça e de ilhas britânicas, cada vez mais restritivas), o Panamá também é um exemplo como se observa em eventos recentes (Panamá Papers).



Há questão é que há dificuldades de mensuração no conceito de exportação de serviços

que colocam em xeque a capacidade dos modelos quanto a conseguirem captar esse processo, mas em última instância,observa-se a formação de complexidade econômica já que a"exportação de serviços" captura o emprego com alta remuneração sem capturar o onus da produção que tende a apresentar salários mais baixos.



De modo geral o foco em complexidade é captar que o indivíduo não tem um "emprego" ele consegue manejar o conhecimento e transformar este em produto(o Hidalgo vai falar disso em alguns videos no youtube). Assim do mesmo modo que o advogado transforma seu conhecimento em produto, um engenheiro que goste de aquarismo e já entenda de química conseguirá gerar um produto, o mesmo processo é observado quando o advogado ou analista financeiro deixa o escritório de origem, para iniciar uma operação própria levando consigo os clientes do antigo escritório.



No caso chinês ,esse o perfil das empresas que surgem em Shenzhen, (aos moldes do que Blanchard propõe ao falar de geração de inovação)o engenheiro começa produzindo o Iphone para apple depois familiarizado com o processo de produção(gerir empresa,entender o business), monta uma marca própria ou torna-se fornecedor terceirizado para a própria Apple (a exemplo da estrutura de produção do B787), e assim cada empresa individual vai se especializado em uma parte do processo. Nesse ciclo é fácil visualizar a formação de uma rede com muitas conexões.



A perspectiva que estou construindo vai seguir dentro dessa linha "Export services in postindustrial society"(LINK)



Bom dificuldade mensuração no caso australiano, é que pelo perfil turístico do país as exportações são consumidas internamente, como na caso da educação,e dos demais serviços consumidos por turistas em solo australiano.. Artigo do Treasury Australiano



Para casos como o do Middle East e do Panamá observa-se a característica de segredo no negócio.


Wednesday, September 27, 2017

O Brasil resumido por Jack Welch







"...the one that kills every organization is the jerk who delivers the numbers without the behaviors..."



Que o brasileiro não sabe contratar é fato, tanto é que nossa real burocrácia, teve a audácia de desenvolver a séculos a figura da contração desumanizada onde basta alguém entregar os resultados, e assim passar pelo filtro e ter sua vida garantida ad aeternum.

De modo geral a cultura do concurso público esta arraigada em nossa sociedade, sendo presente até no setor privado, ao ignorarmos o comportamento e priorizarmos "os números" esquecemos que iguais resultados podem muito facilmente, dentro da desigualdade brasileira, representarem construções individuais muito diversas.

E no momento em que o capitalismo brasileiro começa a sair da era das cavernas, as palavras de Welch,devem embasar a discussão de meritócracia, sejam na politíca pública, ou dentro das organizações privadas.


Friday, September 22, 2017

Rio de Janeiro




































Rio de Janeiro

dependendo da renda média dos locais que você frequenta, pode ser uma cidade pequena em que todo mundo se conhece.

Ou uma metropóle gigantesca, com 6 milhões de habitantes onde ninguém

conhece ninguém.

The tissue of social relations in Brazil and economic complexity

 I often miss meeting people with an inner world. They are out there, but even as you get through them it’s usually hard to dive into their ...