Friday, June 21, 2013

Agora o assunto é Brasil



Ver o brasileiro saindo da inércia, talvez tenha sido a coisa mais inacreditável que já vi, e claro, foi bonito, ver milhares de pessoas, de distintas classes sociais, distintas posições politicas, e todas estavam ali juntas, a fim de ver a passagem baixar? Não, era um pouco mais que isso. Um sentimento de brasilidade, que eu e a maioria dos jovens manifestantes nunca viu, era isso que os unia.


Talvez fossem desde principio rebeldes sem causa, que precisavam sair as ruas para dizer que estavam ali, e estavam a insatisfeitos. Até que um intelectual, talvez do curso de comunicação social, abre o jornal e por um acaso do destino, o aumento das passagens é o destaque. Pronto, estava celebrado o casamento entre a sede, e a falta d´agua.


O povo inocente agora conectado e intelectualizado por um governo progressista, que traz o Brasil ao patamar de país quase desenvolvido, quase pronto, quase... Um país do “quase". Assim os recém surgidos intelectuais - de facebook -, precisam demonstrar toda sua insatisfação, afinal basta ir a rua, fazer número, em uma causa que não se sabe bem qual é, e se de fato fará alguma diferença ,e que talvez seja conquistada.
Uma causa foi alcançada, Dilma veio a São Paulo, conversou com Lula, e com os importantes do imperialismo interno, e as passagens caíram por todo o Brasil.


No dia seguinte uma surpresa para o governo, o povo continua nas ruas, e agora em números até maiores, daqueles que se viam antes. “Será que o povo não vê jornal”, provavelmente pensou algum líder do governo ao constatar que o que deveria ser fim do protestos, serve como impulso para que eles se multipliquem, afinal era só a passagem.


Mas será que esse povo, nas ruas vê jornal? Essas pessoas parecem que se acostumaram a ver na mídia , e claro na Tv Globo, uma ferramenta de manipulação, mas esquecem que no  Facebook, lugar onde todos são justiceiros como o cavaleiro negro da cidade de Nossa Senhora de Los Angeles, também existem interesses, ali se faz politica sem partidos, ali os partidos são grupos anônimos divididos em fã pages, e agora que o inesperado aconteceu, eles alcançaram seu objetivo, por trás das máscaras de Guy Fawkes, o grupo começa a se dividir, e aos poucos começa a atirar para todos os lados, e no fim surge a disputa de poder, onde manda que tem mais curtidores.


Temas que podem dividir a massa são evitados, a fim de se atingir um senso comum, mas agora, sem as passagens qual será esse senso comum? Será a utópica a tarifa zero, que como já avisam aqueles que se autodenominam anarco-capitalistas, seria apenas uma medida populista, afinal é como ir  a um restaurante, comer e esperar que a conta se pague espontâneamenete, com um dinheiro que surge como um milagre. Somos capitalistas, com o perdão dos comunistas,e devemos saber que isso não existe, todo dinheiro deve surgir de algum lugar. Os mais ousados, podem dizer que pagamos altos impostos, e que isso nos dá direito a isso, mas sejamos sinceros, não vejo para o estão indo os altos impostos que pago, quando tenho que pagar novamente uma tarifa para andar por uma estrada, que teoricamente já está sendo paga pelos altos impostos que pago.


Assim , nesse mar de opiniões talvez seja hora de clamar, pelo enxugamento da - como já dizem os manifestantes - ineficiente máquina pública, pelas a tanto tempo, prometidas reformas tributárias, e politicas. Já que prefiro ver para onde meu dinheiro está indo, ao invés de entrega-lo ás cegas, para um governo que promete fazer algo, que talvez seja bom pra mim.E pra que tantos partidos, com ideologias tão parecidas? Cinco , creio eu,já seria o suficiente, dez um exagero aceitável.





The tissue of social relations in Brazil and economic complexity

 I often miss meeting people with an inner world. They are out there, but even as you get through them it’s usually hard to dive into their ...