Wednesday, January 20, 2021

Reflexões sobre os trabalhos de colarinho azul, na era da automação e do pós-fronteiras

Eu parto do trecho Global poverty & open borders (5m50s)  de uma entrevista de 2015  que o Bernie deu pra Vox, no youtube o titulo é "Bernie Sanders: The Vox Conversation", pra construir algumas ideias sobre o futuro dos trabalhos de colarinho azul fronteiras e uma integração econômico-social que vai além de fronteiras politícas.


Aqui o vídeo já começa no minuto exato da pergunta em que esse argumento se desenvolve, de qualquer modo considerando o peso de figuras como a AOC em 2020, é valido entender de onde os próximos quatro anos estão partindo.



Monday, January 11, 2021

Rio: Potencialidades

O Rio de Janeiro sob um modelo de ZEE (zona econômica especial)poderia competir com o
Panamá em serviços financeiros sofisticados, e virar um player relevante nas bandeiras de conveniência (Marinha Mercante) o que sendo bem trabalhado  ainda tem potencial de gerar bons empregos
blue collar. Sem contar o imenso potencial que a Baía de Angra já possui numa outra
linha de náutica.



Vale lembrar que historicamente os tigres asiáticos
tornaram-se atrativos por oferecerem estruturas baratas para Banking, e hoje a
Geórgia ( país ), está discretamente replicando esse modelo com ofertas
interessantes em Private Banking.




Aliás uma reflexão válida é se muitos dos problemas do Rio,
nao vêm do fato de que a cidade e o estado , tem suas potencialidades em
setores que demandam uma intensa integração internacional (serviços
sofisticados e Náutica/Marinha Mercante), isso enquanto o Estado opera debaixo
da lógica de uma economia agroexportadora.




Obs: Por hora é uma reflexão, que admito, carece de leituras
mais profundas. Mas olhando a república do Leblon, a estrutura dos estaleiros
em Niterói e o que já existe em Angra, apesar das politicas restritivas que a
RFB e a Marinha impõem em compras de embarcações fora do Brasil. Parecepromissor para a formação de cluster.

Um risco é a formulação dos termos da ZEE, o foco deve ser
em serviços sofisticados e não em indústria. E principalmente na facilitação do
fluxo financeiro.




De modo geral, se o Rio conseguir segurar os recursos de
Royalties. e o petróleo mantiver alguma estabilidade na próxima década há boas
chances de que isso seja autofinanciável.


Referências

  • Demografia dos clientes, e do staff. Como as estruturas sociais
    (minorias ricas) e de propriedade (instabilidade política, direitos de
    propriedade frágeis) levam a um modelo que tem no offshore elemento central. No texto, Hong Kong ainda é uma potência, dentro do que se ê
    agora possivelmente este quadro está se revertendo.





Dufey, Gunter, Private Banking in Asia - A Survey
(August 28, 2009). 22nd Australasian
Finance and Banking Conference 2009, Available at SSRN: 
https://ssrn.com/abstract=1463261 or http://dx.doi.org/10.2139/ssrn.1463261


  • Uma perspectiva mais floreada, baseada em entrevistas com
    players de Hong Kong (20114). Passa brevemente por uma transição do wealth
    managemente chinês de onshore para offshore via m&a’s com players em Hong
    Kong. No geral o texto é válido por trazer as dificuldades em precificação, e
    junto disso a necessidade que os players têm de melhorar a segmentação entre HNW
    (High Net Worth) e UHNW (Ultra High Net Worth) para fins de otimizar as
    margens.

Spotlight
on Hong Kong’s private banking sector, July 2014



https://home.kpmg/cn/en/home/insights/2014/07/spotlight-on-hk-private-banking-sector-201407.html

Ao longo do video ele aborda um pouco dessa naútica que seria um bom fit pra Angra (a nova George Town?). Sem contar que esses yachts empregam fácil 20-50 pessoas com diferentes níveis de qualificação.

 

Nos últimos tempos eu tenho achado meio fascinante como o investimento estrangeiro é uma coisa etérea e distante na discussão econômica que se faz no Brasil. Na China as pessoas buscam fábricas, na Alemanha o histórico de boa engenharia, no Uk as estutruturas de banking e os escritórios de direito perserguindo litígios dignos de Holllywood, em Singapura a estrutura de entreporto logistíco. E no Brasil? Aos poucos o agro vai se impondo como uma resposta [por hora excessivamente focada na produção/plantio(tem todo uma dimensão de indústria quimíca que basicamente inexiste no BR)],mas não é um bom fit para todo o Brasil, pelo perfil de desníveis é dificil imaginar alguma coisa como as grandes fazendas de MT, BA funcionando no Rio.

Não que as pessoas não tentem(Estudante de direito é preso por manter sítios com 1 mil plantações de skunk (metropoles.com)) , mas a regulação ainda não chegou lá e esse parece ser um fit de rentabilidade que talvez funcionasse bem no Rio. (Só pra critérios de comparação  Average area size for cannabis growing operations U.S. 2020 | Statista. é uma propriedade relativamente pequena, perto do que se faz em Agro no Brasil).


Esse post ainda está em construção logo estou sempre adicionando algumas referências.



The tissue of social relations in Brazil and economic complexity

 I often miss meeting people with an inner world. They are out there, but even as you get through them it’s usually hard to dive into their ...