Thursday, July 19, 2012

Lola (2011) - Um motivo para existir





Famosa por sua participação na série Hanna Montana, Miley Cyrus chega às telas agora num papel mais
próximo da realidade, se comparado aos que viveu no universo Disney. Entretanto
seu público se mantém o mesmo: adolescentes, que estão descobrindo a vida.


O filme nada mais é do que um remake americano de um filme
europeu, o mesmo também aconteceu com “Millennium - Os Homens que Não Amavam as
Mulheres”. Porém , diferentemente do caso de Millennium, onde o filme original
já era amplamente conhecido entre os cinéfilos, a versão original de “Lola”,
que leva o título de “LOL (Laughing Out Loud)”,é pouco conhecida.


O cinema americano sofre do mesmo mal que o brasileiro:
ambos os públicos ­­— exceto os fãs mais assíduos da sétima arte—não gostam das
legendas, e assim, cada indústria se adequa a demanda como pode, no Brasil
temos as dublagens, nas terras do tio Sam, onde a indústria cinematográfica, já
é forte, e está consolidada temos os remakes.


Quanto a versão americana, é difícil encontrar um motivo
para dar sentido a sua existência, excetuando-se, saciar a sede dos fãs da
cantora Miley Cyrus, que é apenas isso, uma cantora, que faz papéis em filmes,
de pouca expressão, diante da critica especializada.


No elenco poucos se salvam, como alguns coadjuvantes e a
maravilhosa Demi Moore no papel de mãe da personagem central da trama. Destaque
para atuação pouco convincente de Douglas Booth, possuidor de um dos sorrisos
mais amarelados do cinema americano.


A direção da versão americana fica a cargo da mesma diretora
do filme original, seu nome é Lisa Azuelos, e faz uma ponta no filme original
no papel da psicanalista, fora isso seu currículo é bem curto. Na direção da
versão americana, faz um trabalho eficiente na condução da história com ângulos
câmera interessante e um jogo de tonalidades que ajudam a mergulhar no universo
repleto de descobertas dos jovens.


A história é uma típica comédia romântica, um sucesso fácil,
quando se trata de bilheteria. Traz piadas com o estilo de vida francês e com a
depilação brasileira. E ainda coloca em voga os, dilemas que giram em torno da
primeira vez para os adolescentes.


Uma comédia água com açúcar, que certamente dará bons
resultados em bilheteria, mas que talvez decepcione os fãs dos musicais Disney
no estilo de High School Musical, já que a trilha sonora não tem grande
importância na trama, só  aparecendo com
mais frequência num segundo momento da história.


De bom, o filme vale pela atuação de Demi Moore, e por sua
história água açúcar, que não é de todo ruim, mas não vai além disso.


O filme chega as telas no dia 10 de agosto após vários
adiamentos.





Daniel Rodrigues


The tissue of social relations in Brazil and economic complexity

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